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22, April 2024
Inflação e poder de compra no Brasil: entendendo o impacto no seu dia a dia

     A inflação é um fator econômico que representa o aumento contínuo e generalizado dos preços dos bens e serviços em uma economia, afetando diretamente o poder de compra da população. Esse processo ocorre quando há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda, levando a uma depreciação do valor da moeda. O impacto da inflação é observado no dia a dia dos consumidores, que percebem que o mesmo montante de dinheiro passa a comprar menos produtos do que antes. Essa dinâmica pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo políticas governamentais, variações nos custos de produção, e expectativas de mercado. Compreender a inflação é crucial para entender as mudanças econômicas e tomar decisões financeiras mais informadas.

     O poder de compra é uma medida essencial que indica a quantidade de bens e serviços que podem ser adquiridos com uma certa quantidade de dinheiro, e sua variação tem um impacto direto no cotidiano dos brasileiros. Em um contexto de inflação persistente, o poder de compra da população pode ser significativamente comprometido, afetando desde as escolhas cotidianas em supermercados até decisões de maior porte, como investimentos e poupanças. A relevância deste tema se destaca ainda mais quando se considera que mudanças no poder de compra influenciam o estilo de vida, a qualidade de vida e até mesmo a estabilidade socioeconômica do país, tornando fundamental a compreensão de como e por que ele flutua ao longo do tempo.

 

Qual é a relação entre inflação e poder de compra?

     A inflação é medida através da variação de índices de preços ao longo do tempo, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Estes índices são calculados pelo IBGE através do monitoramento periódico dos preços de uma cesta de produtos e serviços que representa o consumo das famílias brasileiras. A diferença entre os preços apurados em diferentes períodos determina a taxa de inflação para o período analisado. O IPCA é o índice oficial do governo federal e é utilizado para corrigir diversos contratos e instrumentos financeiros, como salários, investimentos e tributos. Já o INPC é utilizado para corrigir aposentadorias e outros benefícios previdenciários.

     A inflação corrói o poder de compra da moeda ao longo do tempo, tornando cada real mais fraco. Um exemplo clássico é o pão francês: em 2004, custava R$0,17. Hoje, em 2024, o mesmo pão custa em média R$1,00, o que significa que você precisa de cinco vezes mais dinheiro para comprar a mesma quantidade. Essa perda do poder de compra afeta diretamente o orçamento familiar, especialmente das classes mais baixas, que destinam maior parte da renda à alimentação básica.

                                     

 

Como está o poder de compra do brasileiro?

      O último Relatório Focus (12/04) divulgou que o IPCA de abril de 2024, apresentou um aumento de 0,01% em relação à última divulgação (05/04), acumulando 3,76% nos últimos 12 meses. Apesar da desaceleração em comparação a fevereiro, que acumulou 3,81%, a inflação ainda se encontra acima da meta anual do Banco Central, que foi de 3,50%.

     Independente da estabilidade geral da inflação no período analisado, o aumento de preços em bens essenciais e serviços continuou impactando o orçamento familiar, principalmente das classes mais baixas. Isso significa que, mesmo sem grandes mudanças nos preços gerais, as famílias precisam desembolsar mais dinheiro para manter o mesmo padrão de vida, comprometendo o poder de compra e limitando as possibilidades de consumo.

 

O que afeta o poder de compra?

    O poder de compra das famílias brasileiras é influenciado por diversos fatores internos, além da inflação. Como, por exemplo: novo emprego, maior prosperidade em investimentos ou mais oportunidade de acesso a crédito.

      Além disso, o poder de compra das famílias brasileiras também é afetado por fatores externos, como:

  • Políticas governamentais: políticas fiscais e monetárias influenciam diretamente a inflação e o câmbio, que, por sua vez, impactam o poder de compra.

  • Taxas de juros: taxas de juros mais altas podem encarecer o crédito, dificultando o consumo das famílias e reduzindo o poder de compra.

  • Crises econômicas globais: crises internacionais podem desestabilizar o mercado financeiro, reduzir o investimento estrangeiro e aumentar a incerteza econômica, impactando negativamente o poder de compra das famílias brasileiras.

     Um exemplo é a pandemia da Covid-19 que atingiu em cheio o poder de compra dos brasileiros. Renda em queda, desemprego em alta, inflação subindo e hábitos de consumo mudando: tudo isso reduziu o poder de compra das famílias. O IPCA acumulado do período fechou em 10,74% em novembro de 2021.

 

Histórico de inflação e expectativas futuras:
     Nos últimos 20 anos, a média acumulada do IPCA anual foi de 6,5%. Atualmente, o índice registra aproximadamente 3,76%, significativamente abaixo da média histórica. Quanto às previsões futuras, o Relatório Focus do Banco Central projeta que o IPCA deverá se estabilizar em torno de 3,50% ao ano pelos próximos três anos, até 2027.

     O banco central atualiza as provisões semanalmente através do Relatório Focus. Siga nosso perfil nas redes sociais para se manter atualizado @libracredito

Conclusão:

      A inflação é um fenômeno econômico complexo que diminui o poder de compra ao aumentar o custo de vida, afetando diretamente todas as camadas da população. A relação entre inflação e poder de compra é evidenciada pela variação dos índices de preços como o IPCA e o INPC, que medem as mudanças nos preços impactam o orçamento familiar, especialmente das classes mais baixas, e são influenciadas por uma combinação de fatores internos, como prosperidade econômica, emprego e crédito, e fatores externos, incluindo políticas governamentais, taxas de juros e crises econômicas globais.